Neise Mendes, Luzias
O Clube Social Luziense, situado à Rua Direita, nº 335, no Centro Histórico de Santa Luzia, foi fundado em 29 de dezembro de 1953. São quase 66 anos de história!
De acordo com Álvaro Diniz, em sua obra Minha Terra, Sua História- Histórias de Minha Terra, as atividades do Clube Luziense tiveram início em uma sala cedida no Grupo Escolar Modestino Gonçalves, onde eram realizadas horas dançantes, ao som de uma radiola adquirida em Belo Horizonte.
Posteriormente, o clube passou a funcionar no salão de Chico de Davina, ao lado do Bar Natal, onde permaneceu por pouco tempo, passando a realizar suas atividades em outro imóvel na Rua Direita, ao lado da casa de Geraldo Bibiano.
Em seguida, as atividades do clube passaram a ser desenvolvidas no andar térreo do sobrado de Rafinha, onde funcionou até que, por meio de Lei Municipal, a Prefeitura adquiriu o imóvel, doando-o ao clube. O antigo sobrado foi demolido para dar lugar à nova sede do clube, construída dentro dos padrões exigidos na época.
A nova sede do Clube Luziense, em estilo modernista, foi projetada por Raphael Hardy Filho, renomado arquiteto mineiro, cujo vínculo com a cidade se deve ao casamento com Luzia Teixeira da Costa(Ló Hardy), natural de Santa Luzia. Raphael Hardy Filho possui obras de destaque na capital mineira, como o Fórum Lafayette e a sede do Ipsemg.
No primeiro livro de atas de reuniões dos sócios do Clube Luziense consta a presença do arquiteto, como Presidente de Honra, em reuniões realizadas nos anos de 1955 e 1956.
A construção da sede contou com a participação financeira dos sócios, da Prefeitura e dos Frigoríficos Minas Gerais (Frimisa), instalada na cidade pouco antes. Enquanto as obras eram executadas, as horas dançantes foram transferidas para o andar térreo do sobrado da família Dolabela.
Em 1963, o terreno com frente para a Rua Floriano Peixoto foi doado pela Prefeitura Municipal ao Clube Luziense que viveu seu auge dos anos 1960 até final dos anos 1970, tendo funcionado ativamente como espaço de lazer e sociabilidade. No local, foram realizados bailes, shows, horas dançantes e outros eventos que reuniam a sociedade luziense.
A partir da década de 1980, o Clube Social Luziense entrou em processo de decadência, tendo sido praticamente abandonado no início dos anos 2000.
Desde 2016, o jornalista luziense José Carlos Santana vem atuando na tentativa de recuperar a edificação do Clube Luziense. Uma nova diretoria, eleita recentemente, já começou a trabalhar para alavancar as obras necessárias para reativação do espaço, parte tão importante da vida social da cidade.
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