Luzias
Um grupo de pessoas participou na manhã desse domingo, 17 de fevereiro, de uma manifestação contra a volta da mineração na Serra da Piedade. A mineradora AVG já solicitou licença para retirar minério numa de suas encostas. A concessão ou não da licença será decidido numa reunião da comissão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente responsável pelo licenciamento, na próxima sexta-feira, 22 de fevereiro. É por isso que todos estão mobilizados e protestaram hoje na Serra.
O objetivo do protesto foi chamar a atenção dos mineiros para mais esse absurdo da mineração em Minas. E para os riscos que o estado corre, se não mudar sua política em relação às mineradoras. Basta ver o número de barragens que elas construíram em território mineiro, Não só à Vale, mas à CSN, à Anglo-Gold, à Arcelor Mittal e outras gigantes comandadas por acionistas que moram bem longe do Brasil.
No caso da Vale, ironicamente nascida na terra de nosso maior poeta, Carlos Drummond de Andrade, e também com acionistas no mundo inteiro, o que assusta é que, a partir do crime de Brumadinho, constatou-se que várias das barragens são inseguras. Duas semanas depois da tragédia, moradores de um distrito de Barão de cocais, a 100 km de BH, foram retirados às pressas de suas casas, por causa de instabilidade da Barragem Sul Superior, da mina Gongo Soco. As 500 pessoas removidas encontram-se até hoje morando em hotéis.
Também como “medida preventiva”, a Vale retirou pelo menos 200 pessoas da região da Mina Mar Azul, em São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, distrito de Nova Lima, neste sábado. Todos foram alojados em hotéis. Macacos está interditada. Mais quantas pessoas moradoras de locais próximos a barragens serão removidas? Ninguém sabe.
É nesse momento crítico que vai ocorrer a decisão: a AVG ganhará permissão ou não para explorar minério na Serra da Piedade? A luta para impedir que isso aconteça levou o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor, a escrever vários artigos conclamando os mineiros a se unirem para não deixar que a mineração destrua esse tesouro, tombado pelo patrimônio em nível estadual e federal.
Ouça o que diz o deputado João Vitor Xavier(PSDB), que participou do protesto na Serra da Piedade:
Querem destruir mais um cartão postal de Minas!Participei da mobilização social contra a mineração na Serra da Piedade. O Santuário é um dos nossos maiores patrimônios religiosos, culturais, turísticos e naturais. Querem minerar na Serra da Piedade pelos próximos 20 anos! A Serra da Piedade não merece isso!
Geplaatst door João Vítor Xavier op Zondag 17 februari 2019
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Protesto contra a mineração na Serra da Piedade vai ser na manhã desse domingo
Acidente com caminhões na cidade
Os motoristas luzienses andam assustados com a velocidade que caminhões de carga estão atravessando as avenidas da cidade. Tanta imprudência têm causado acidentes, principalmente nas rotatórias. Veja como ficou essa carreta na rotatória do Mega Space, na manhã deste sábado, 16 de fevereiro: de rodas para o ar! Está faltando fiscalização para ordenar melhor o trânsito de Santa Luzia. E impedir, inclusive, que carretas, ignorando a sinalização, cruzem o Rio das Velhas usando a ponte velha, interditada para veículos maiores exatamente porque não suporta muito peso.
Roberto Elísio 80
Os 80 anos de Roberto Elísio ainda reverberam após quase um mês da data do aniversário. Nesse domingo, Hudson Guimarães reuniram alguns amigos para um encontro em sua fazenda localizada em Taquaraçu de Minas. É claro, não faltaram os casos daquele que ironicamente pontuou que “fazer 80 anos é uma conquista, mas tê-los é um pesadelo”.
Foto histórica
Veja um flagrante do Roberto Elísio jovem, no tempo em que jogava no Santa Cruz. Agachado, ele tem de um lado Su, irmão de Forquilha, e, do outro, Odilon Carvalho. É uma foto histórica, com Nívio Gabrich, Duca de Pinha (fumando, de boné e óculos escuros), Tinho, Hely Mateus, Zé Xavier, Zé Pequeno. (Se você identificar quem são os outros, mande, por favor, os nomes para o Luzias.
Família Gabrich em festa
A família Gabrich comemorou, neste sábado, a formatura da jovem Fabiana, que se formou em arquitetura. Quem esteve super ocupada com os preparativos foi a tia da formanda, Sandra Gabrich, que, como todos sabem, não se esquece de nenhum detalhe. O trabalho de conclusão de curso da jovem arquiteta é uma proposta de requalificação de todos o espaço no entorno da estação ferroviária. Quem viu diz que seria um sonho para uma Santa Luzia; tão descaracterizada em seus espaços mais simbólicos.
Bibi Ferreira na lembrança dos luzienses
Na semana em que o Brasil se despediu de uma de suas maiores artistas, e das mais longevas nos palcos (foram mais de 9 décadas em atuação), os luzienses também se lembraram dos seus encontros com a inesquecível Bibi Ferreira. Uma das lembranças partiu do jornalista Gustavo Werneck, que assinou texto-depoimento exclusivo para o Estado de Minas, relembrando um de seus encontros com Bibi, na cidade de Ouro Preto, para as celebrações do Ano da França no Brasil. É de Sandra Gabrich, que viu a artista nos palcos em 1976 ao lado de Carlinhos Novy, o seguinte depoimento: “Passados mais de quarenta anos, trago nítida na memória a peça Gota D’Água. A tragédia grega transportada para a realidade do país naquele período da ditadura foi marcante. Ainda posso ouvir Bibi cantando a composição de Chico Buarque “Deixe em paz meu coração, que é um pote até aqui de mágoas… Pode ser a gota d’água’. É só fechar os olhos que posso ver Joana (Bibi) e Jasão (Roberto Bomfim) no palco. Inesquecível”.
Cultura em discussão
Nas próximas semanas os luzienses devem ficar atentos às discussões da área da cultura. Um dos eventos será a 1ª Assembleia Patrimonial Comunitária, que vai eleger representantes para o Conselho de Patrimônio Cultural da cidade. A eleição será realizada no dia 26 de fevereiro, às 18h30, no Solar da Baronesa – na Rua Direita, 408, Centro.
Já no próximo dia 19/02, em plena terça-feira, acontece a Conferência Municipal de Cultura com extensa programação. É pena que a conferência será em dia útil, porque impossibilitam a ampla participação popular.
Salvemos as árvores de Santa Luzia
É preciso que se forme uma força tarefa em Santa Luzia para vistoriar todas as árvores no perímetro urbano. Desde que o jatobá, gigante bicentenário, perto da antiga fábrica de tecidos, no Carmo, tombou, num sábado, no início de abril de 2018, muitas outras árvores da cidade se foram. A mais recente você pode ver na foto acima, foi uma centenária sibipiruna, maltratada de tal forma que caiu inteirinha, na manhã deste sábado, 16 de fevereiros. Ficava perto da estação ferroviária. Felizmente, ninguém se machucou. Fica a pergunta: por que será que uma pessoa faz isso com uma árvore de mais de 100 anos? Só pode ser por ignorância.
Enquanto umas morrem, outras, cuidadas por moradores, vão ganhando cada vez mais força e tornando-se mais frondosas. É o caso do cedro, situado próximo à sede do CREA, na Ponte, não muito longe da sibipuruna que caiu.
Um grupo de pessoas, liderado por Paulo e João Bosco Giovannini, realizou, em junho de 2018, uma operação de salvamento do cedro, que num gesto de pura maldade, teve seu tronco queimado. Alguém juntou lixo no pé e, perversamente, ateou fogo. Abriu uma cratera, que foi cuidada com um preparado feito por Paulo ( Pasta bordalesa – leia: Ritual para salvar um cedro cujo tronco foi covardemente queimado). Menos de um ano depois, veja o resultado magnífico da ação.
2 Comments
Paulo Giivannini
17 de fevereiro de 2019, 20:40Excelente reportagem. Cumprimentos a Maia Santana e seus colaboradores. Belo exercício de cidadania.
REPLYMaya Santana@Paulo Giivannini
20 de fevereiro de 2019, 17:34Obrigada, meu sempre amigo Paulo. Precisamos vencer essa guerra contra as mineradoras – empresas inescrupulosas, acostumadas à destruição. Beijo muito carinhoso para você!
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