Luzias
Numa manifestação que tem como objetivo chamar a atenção da população de Santa Luzia para os enormes impactos que terão na cidade a construção do rodoanel, vários movimentos, entre eles o Salve Santa Luzia, vão participar de um “abraço coletivo” do Cemitério dos Escravos, nesta terça-feira, Dia de Finados, às 16h, durante Ação de Graças da Missa Afro que será rezada no local.
Tombado pelo município em 2008, o Cemitério fica num local chamado Fecho, a 7 km do Centro Histórico, na propriedade pertencente à família Diniz. O projeto do rodoanel prevê, não longe dali, a construção de uma rodovia de grande porte, de trânsito rápido, para o transporte de carga pesada, principalmente.
. É grande a apreensão com o impacto decisivo que a obra terá, sobretudo sobre o meio-ambiente e o patrimônio, como o próprio Cemitério dos Escravos, onde estão enterrados negros escravizados que trabalhavam em fazendas da região. No caso de Santa Luzia, O rodoanel preocupa muito os moradores pois, dos seus 106,6 km de extensão, 13,4 km, o maior trecho, passará em território luziense, dividindo a cidade ao meio.
Além do Salve Santa Luzia, Integrantes de outros movimentos importantes estarão presentes ao ato de terça-feira, como as pastorais Afro e Comissão Pastoral da Terra e Comunidades Quilombolas de Santa Luzia, SOS Santa Luzia, SOS Vargem das Flores (Contagem).
Os ativistas vão levar faixas e distribuirão panfletos explicando para a população as consequências da construção do rodoanel: destruição de nascentes, córregos, lagoas e áreas de inundação do Rio das Velhas, destruição de áreas verdes de mata atlântica, cerrado e pastagens, habitat de muitas espécies silvestres e desapropriações de terrenos, com impacto direto na agricultura familiar.
Veja o vídeo, para saber mais sobre as consequências da construção do rodoanel:
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