Eleições para Prefeito no dia 24 trazem esperança de vida melhor em Santa Luzia

Eleições para Prefeito no dia 24 trazem esperança de vida melhor em Santa Luzia
A cidade tem sofrido com o fato de ter tido vários prefeitos em pouco espaço de tempo

Luzias

Dando uma olhada nos jornais de Belo Horizonte para ver o que publicaram sobre as eleições suplementares para prefeito de Santa Luzia, marcadas para 24 de junho, encontramos este artigo em O Tempo. Saiu em janeiro desse ano. E fala do estado de espírito dos eleitores luzienses, angustiados com a confusão política que se instalou na cidade desde a prisão, em setembro de 2017, da prefeita Roseli Pimentel, eleita em 2016.

Pouco mais de cinco meses após o jornal de Vitório Medioli (Prefeito de Betim) tratar da errática situação política em Santa Luzia, começamos a ver luz no fim do túnel, com a confirmação, nesta terça-feira, 5 de junho, pelo Tribunal Superior Eleitoral, da data das eleições. Agora, parece que não haverá mais retorno: os luzienses vão escolher o seu prefeito.

Cinco homens e uma mulher estão concorrendo ao cargo, que vai exigir muito de quem sair vencedor, pois a cidade vive em situação de abandono, necessitada de muito trabalho e investimento em todas as áreas – educação, saúde, transporte público, lazer, segurança. Entre tantos outros problemas, é urgente que se encontre também mecanismos para garantir que a construção de qualquer conjunto habitacional somente seja aprovado com estudo de impacto de vizinhança idôneo.

Publicamos abaixo um trecho do artigo de O Tempo. Pelo relato do prefeito interino Sandro Coelho, ouvido pelo jornal, dá para se ter uma ideia dos graves problemas de Santa Luzia. Leia também o que disseram alguns dos moradores da cidade:

Os candidatos a Prefeito de Santa Luzia: João Rasgado(PSOL), Abraão Gracco(Rede), Suzane (PT), Sandro Coelho(PSB), Agnaldo Campos(PSDB) e Delegado(PSD)

Incerteza e desconfiança são dois sentimentos que parecem prevalecer entre os moradores de Santa Luzia quando o assunto é a política. Os cerca de 219 mil habitantes do município, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, viram, somente em 2017, três políticos diferentes assumirem o comando da cidade. Processos eleitorais e ações criminais foram protagonistas num cenário em que os anseios e as necessidades dos cidadãos acabaram sendo meros coadjuvantes.

Em meio a essa confusão, moradores da cidade ouvidos por O TEMPO disseram sentir-se envergonhados com a situação. E, quando questionados se sabiam quem era o atual prefeito, apenas um dos entrevistados soube responder.

Dívida de R$ 118 milhões, licitações milionárias, contratos vencidos, fornecedores sem receber repasses há meses, salários dos servidores atrasados e obras inacabadas de dez Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e de 23 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Esse é o raio X do que o presidente da Câmara Municipal e hoje prefeito interino de Santa Luzia, Sandro Coelho (PSB), afirma ter encontrado ao assumir, em outubro do ano passado, a chefia do Executivo.

A opinião dos moradores

Maria Elisângela, 43, comerciante

Desconfiança
“É preciso melhorar tudo. A cidade está abandonada. É muito difícil escolher outro prefeito em tão pouco tempo. A gente fica sem saber em quem confiar, em que depositar o nosso voto.”

Fabiano de Paula, 34, churrasqueiro

Abandono
“Não era para Santa Luzia ser assim. É uma cidade praticamente turística e está abandonada. Hoje as pessoas não vêm visitar porque não têm policiamento, segurança, ônibus.”

Wilson Malaco, 59, gerente

Explicações
“Saúde é a área prioritária. É preciso dar muita atenção para a saúde porque não tem hospital. E também é preciso dar uma explicação do que está acontecendo em Santa Luzia.”

Rodrigo Ribeiro, 41, motorista

Insatisfação
“Precisa melhorar o saneamento básico em Santa Luzia, precisa melhorar tudo. A cidade precisa de muita, mas muita coisa porque não tem nada. No bairro só tem buraco e mais nada.”

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