Além dos dados do novo coronavírus em Santa Luzia e em Jaboticatubas, onde o número de casos de covid-19 aumentou astronomicamente em dois dias, falamos das obras de readequação do adro da Capela do Bonfim, relembramos os 90 anos de fundação do Santa Cruz, damos o novo endereço do Photo Paradiso, que se mudou da Pracinha dos Carvalho, e, para leitura, uma pequena crônica da luta de todo dia contra o vírus.
Luzias
Por não conhecer ninguém que tenha contraído o novo coronavírus, tem gente achando que o vírus, surgido na China, é uma invenção, uma mentira. Mais de 22 mil pessoas já morreram no Brasíl, vítimas da epidemia, e os casos confirmados chegam a quase 350 mil. Em Santa Luzia, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, há no momento 33 pacientes com a covid-19.
Aqui, perto de nós, em Jaboticatubas, o prefeito Eneymar Adriano Marques(Dem) acaba de decretar o fechamento total do comércio nos finais de semana – começou a vigorar neste sábado(23) – , para conter a onda da covid-19 no município. Houve grande aumento de casos confirmados da doença – saltou de 19 para 71 em dois dias. Operários terceirizados de uma construtora contraíram o vírus, agravando o quadro da saúde. Clique aqui para ler reportagem do Estado de Minas sobre a situação em Jaboticatubas.
Obras de readequação do adro da Capela do Bonfim
Para grande contentamento dos que prezam o patrimônio histórico luziense, foram iniciadas as obras de readequação do adro da capela de Nosso Senhor do Bonfim, na confluência da Rua Direita com Rua Floriano Peixoto, na área central da cidade. Quem passa pelo local pode ver o enorme tapume, atrás do qual os operários da Prefeitura trabalham.
Dentre os trabalhos previstos estão a reforma da fachada da Capela, construção de uma área verde (jardim), iluminação subterrânea que vai acender de baixo para cima, dando mais charme e beleza ao local. O objetivo da obra, orçada em R$108.408,97, dinheiro proveniente do Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, é possibilitar “maior visibilidade e acessibilidade aos usuários motorizados e pedestres, evitando a deterioração e impactos à capela causados pelo fluxo intenso de veículos”, segundo nota divulgada pela Prefeitura. A reforma também busca readequar o Adro, preservar e valorizar a edificação tombada pelo IEPHA/MG e pelo município.
O moderno projeto arquitetônico foi elaborado por Márcia Souza e Fabiane Calazans profissionais da Prefeitura de Santa Luzia. A obra deve estar finalizada em meados de julhopróximo .
Photo Paradiso, do mestre Heli Lara Lima, muda de endereço
A gente tem mais é que desejar muito sucesso para o fotógrafo Heli Lara Lima, que está transferindo sua loja, Photo Paradiso, para o bairro Adeodato. Mas que a Pracinha dos Carvalho vai perder um pouco do seu encanto sem a Paradiso, isso vai. O Luzias deseja a você, todo sucesso, Heli.
O aniversário de 90 anos do Santa Cruz
A nota sobre o nonagésimo aniversário do grande time de futebol de Santa Luzia é de Edison Tibúrcio, filho do saudoso músico e jornalista Antônio Tibúrcio:
O nosso velho Santa Cruz Esporte Clube completa hoje 90 anos de fundação. Foi fundado em 3 de maio de 1930 pelo tabelião Álvaro Teixeira da Costa. Seu primeiro presidente foi modestino Gonçalves filho. Tinho de dona carmelita técnico durante muitos anos do time me disse que meu pai nunca deixou de fazer alguma comemoração enquanto foi vivo. Tinha a manhã do pênalti com a velha guarda. Tinha seresta, jantares. Mesmo se não houvesse a pandemia, não haveria nada. Ninguém nem se lembra e não faz.
O santa cruz é parte da história luziense. Um time que já teve grandes craques como Bimbo, BA, Totonho, Mauro, Tiá, Nívio Gabrich, Ari, Alfredo, Adalberto, Tino, Mozar, Bile, Dô de Geraldo Bibiano e outros tantos. Minha mãe foi eleita a Rainha. Roberto Elísio, o presidente mais novo com 21 anos. Salve o nosso Santa Cruz!
Uma guerra diária contra a Covid-19
Este texto só não foi publicado antes porque tivemos um problema técnico. Ele foi enviado ao Luzias um dia antes de o mundo celebrar o septuagésimo-quinto aniversário do fim( 9 de maio de 1945) do maior conflito armado vivido pela humanidade: a Segunda Guerra Mundial. Neste ano de 2020, a data foi comemorada no sábado, logo antes do Dia das Mães. E a autora, Carolina Costa, mãe de duas crianças, lendo notícia sobre o final do grande conflito, viu um paralelo entre uma guerra convencional e essa que travamos no momento contra o novo coronavírus.
Leia:
Quando acordei hoje, 8 de maio, véspera do dia das mães, a primeira coisa que li, no insta da BBC, foi a notícia dos 75 anos do fim formal da 2° Guerra Mundial na Europa. Ao ler a palavra guerra, foi inevitável a comparação com a realidade atual, pois, se pararmos para refletir, sem muito esforço, vivemos uma guerra diária contra a COVID-19, nossa inimiga invisível.
Para mim, essa é a versão moderna do que a palavra guerra significa, uma pandemia, palavra com um radical grego tão poderoso, que veio para devastar além da Europa e da Ásia. As armas de fogo deram lugar a partículas silenciosas que matam milhares de pessoas no mundo inteiro.
Mesmo aqueles que não queriam entrar (na guerra) foram obrigados, mesmo quem não tinha estrutura social, política e econômica foi obrigado a entrar de cabeça, sem exército na retaguarda.
Dessa vez, nossos guerreiros se vestem de branco e ficar vivo só depende da gente, de nos escondermos atrás de nossas trincheiras sem munição.
Dizem que para haver cura, tem que haver doença. Então, o que nos resta é esperar – até quando? – para comemorarmos todos juntos o fim dessa guerra nossa de todos os dias.
Duas perdas sentidas na cidade
Nesses tempos de pandemia, os luzienses têm se despedido dos familiares falecidos de forma bem restritiva. Com as regras de isolamento social, os velórios estão reduzidos ou até mesmo proibidos.
No dia 6 de maio, faleceu Maria Inês da Glória, a primeira dos filhos do alfaiate José Andrade da Glória (Torrozo). Zezê foi uma das telefonistas da antiga Companhia Telefônica de Santa Luzia.
E na última semana, outra perda sentida: faleceu aos 92 anos Nonô de João Pirumba, irmão mais velho de Joãozinho Pirumbinha, Neneco(já falecido) Naná, Cida, Neusa(falecida), Mirtes e Alcione, que por muitos anos trabalhou na Saboaria Santa Luzia, na Ponte.
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