Folia de Reis: fé, tradição e muita emoção nos espaços sagrados e nas casas de SL

Folia de Reis: fé, tradição e muita emoção nos espaços sagrados e nas casas de SL
O grupo Folia dos Santos Reis do Paulo VI encantou quem viu suas apresentações

Luzias

Santa Luzia viveu no sábado, 5 de janeiro, um dia especial e que, com certeza, já se tornou histórico nas práticas culturais da cidade. Encerrando o ciclo natalino, foi realizada a 1ª Jornada de Reis, com a Folia de Santos Reis do Bairro Paulo VI, de Belo Horizonte. Se existe uma palavra para descrever a apresentação do grupo e a reação das pessoas, é emoção.

Do início da manhã ao início da noite, durante quase 12 horas, o grupo visitou presépios na Ponte e na Parte Alta, guiados pelos dirigentes da Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia, Beto Mateus e Sandra Gabrich, entidade responsável pela realização da Jornada.

-O grupo preparando-se para entrar na Igreja Matriz

Satisfeito com o resultado, Beto Mateus disse que a segunda edição da iniciativa está garantida para janeiro de 2019, com visitação a outros presépios e participação de mais grupos culturais durante as comemorações do dia de Reis. “A emoção que presenciamos hoje reafirma o nosso compromisso para o resgate definitivo dessa festa na cidade. E, na próxima jornada, vamos garantir a presença de grupos da cidade”, disse Beto que destacou a participação de várias pessoas para realização do evento.

A bonita foto de Marcos Ikeda do grupo na Igreja de São João Batista

Desta vez, a Folia foi iniciada na paróquia de São João Batista, com a bênção do padre Igor Batista dos Santos, seguindo o cortejo pelas residências de Carmem Gomes, Regina Carvalho Fonseca, Marco Antônio de Souza, Adalberto e Marialba Mateus, Júnia Carvalho, Íria e João de Castro Silva e família Werneck.

Um dos momentos da folia no quintal da família Werneck:

No Santuário de Santa Luzia, os foliões foram saudados com fogos, toque dos sinos e bênção do pároco Felipe Lemos de Queirós. Entusiastas da iniciativa, Maria do Carmo de Oliveira (Preta) e Lila Ferreira, comentaram sobre a importância do resgate da jornada das folias nas ruas da cidade. “Há quanto tempo não vejo uma folia em Santa Luzia. A festa de Reis era uma das grandes festas da cidade”, vibrou Preta durante a visita ao presépio do vizinho Marco Souza.

A bênção do Bispo Auxiliar, Dom Vicente, na casa de Antônio Nonato

Um dos momentos bonitos e solenes foi a bênção dada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Vicente de Paula Ferreira, durante a visita dos foliões ao presépio de Júnia Carvalho, o que levou às lágrimas o seu pai, o comerciante Antônio Nonato Carvalho, de 95 anos.

O encerramento teve outro momento de encantamento e com sinal de esperança. Com 65 anos de “pastorinha”, Cleusa da Conceição Batista cantou as músicas singelas com as quais se apresentou com o grupo criado, dentre outros, por seu pai Cipriano, no Bairro São Geraldo, onde se deu, na casa da família Werneck, a última visita no centro da cidade.

Ao ver o dueto de Cleusa com o grupo do Paulo VI, a advogada e professora Rosa Werneck acendeu a centelha para o ressurgimento das Pastorinhas de Santa Luzia. “É um patrimônio de Santa Luzia que precisamos recuperar”, afirmou Rosa, prometendo articular um grupo de apoio, a partir do mês de março, para que as Pastorinhas voltem a visitar os presépios da cidade no final deste ano.

Ouça a música “Folia de Reis”, de Marco Silva Cunha, na linda voz de Ana Giovannini:

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1 Comment

  • Maria Elisa santana
    6 de janeiro de 2019, 21:58

    As tradições culturais de Santa Luzia mantêm o povo e a cidade. Parabéns à todos os envolvidos. Linda a musica e a voz de Ana Giovannini.

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