Todas as vezes que olho para o meu tio Antônio Nonato vejo muito da minha adorada mãe. Ela se foi aos 87 anos. Ele se mantém firme, lúcido e ativo aos 94.
Os dois eram tão ligados, se amavam tanto, que quando ele ia visitá-la na nossa casa, sentavam-se um ao lado do outro no sofá e ficavam de mãos dadas, conversando, rindo com a alegria da juventude.
Assim como a minha mãe, amo esse meu tio, que deu ao mundo, com sua saudosa Zizi, 14 filhos, e sempre me tratou como se eu fosse um deles. Amo seu jeito calmo de Juiz de Paz que atuou (gratuitamente) durante tantos anos, seu assovio afinado, sua devoção às plantas.
Há poucos dias, quando fui visitá-lo, encontrei-o de regador na mão,fazendo o que mais gosta: cuidando de suas samambaias, avencas, violetas, gerânios, antúrios, orquídeas… tratando, há horas, das plantas, com o zelo de um delicado jardineiro.
Não foi à-toa que escolhi como primeira foto da página essa linda imagem dele abraçando um encantador vaso de flores amarelas.
É assim que vejo meu tio Antônio Nonato: um ser de alma maior – como a minha mãe -, digno de todas as homenagens.
Vida longa, meu tio! (Maya Santana)
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