Nenhuma autoridade luziense é convidada para a inauguração do Museu da Celite

Nenhuma autoridade luziense  é convidada para a inauguração do Museu da Celite
O Museu Celite será inaugurado nesta quinta-feira, 11 de julho, na sede da empresa, em Bicas, mas só a diretoria e alguns funcionários vão participar. Foto: Divulgação

Luzias

Está prevista para amanhã, quinta-feira, dia 11, a inauguração do Museu da Celite, criado para contar a história do banheiro no Brasil a partir de 1941, ano em que a Celite foi fundada, em São Paulo, com o nome de Porcelite. Segundo a própria empresa, foram investidos 500 mil na montagem da mostra, que será permanente e única no país.

Apesar da importância histórica e cultural do evento, nem o Prefeito, Christiano Xavier, o secretário da Cultura, Ulisses Brasileiro, representantes de entidades culturais da cidade, como o presidente da Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia, Beto Mateus, antigos funcionários ou qualquer morador da cidade foram convidados para participar da abertura do Museu, situado dentro da sede da empresa, R. José Calixto, s/n, em Bicas.

Empresas não interagem com a população da cidade
Essa atitude negligente ilustra bem a total dissociação de Santa Luzia com as empresas que compõem seus cinco distritos industriais. E a Celite á uma das mais antigas. Foi instalada na cidade em 1968, portanto, há mais de 50 anos. Hoje, pertence ao grupo multinacional espanhol Roca, maior fabricante do mundo de produtos para banheiro. Exporta para Canadá, Estados Unidos e Europa. Muitos dos luzienses trabalharam e ainda trabalham lá. Mas a cidade é totalmente ignorada.

O Luzias passou mais de uma hora tentando falar com alguém que pudesse dar mais informações sobre o Museu. Depois de ligar umas tantas vezes para a fábrica em Santa Luzia, foi informada que tudo, inclusive a divulgação, foi feito através de São Paulo.

A Celite foi fundada em Santa Luzia em 1968. Tem, portanto, 51 anos

Visitas terão que ser agendadas. Mas como?
Ligamos para São Paulo e, finalmente, o setor de marketing da Roca, no município de Jundiaí, nos informou que o Museu será inaugurado apenas com a presença da diretoria e de alguns funcionários da Celite que, no momento, emprega 800 pessoas, opera com 80% de ocupação e tem capacidade de produção é de 4,2 milhões de peças de louças sanitárias por ano.

“Como o Museu está dentro da empresa, ele não ficará aberto ao público. As visitas terão que ser agendadas”, informou uma funcionária. E como a população de Santa Luzia faz para agendar uma visita? Perguntamos. A funcionária pediu nosso telefone e e-mail, prometendo retornar mais tarde. Aguardamos o dia inteiro. Nenhuma informação nos foi enviada.

Notícia da inauguração saiu em jornal de Belo Horizonte
Santa Luzia tomou conhecimento da inauguração do Museu da Celite através do jornal Diário do Comércio, de Belo Horizonte, onde saiu a notícia no último sábado, 5 de julho. Mesmo havendo tantos veículos de comunicação luzienses, nenhum deles foi informado, para que pudesse divulgar o que é uma grande notícia para a cidade, que contará com mais um museu.

“No museu, os visitantes encontrarão uma linha do tempo que trará não apenas as peças da Celite, mas também curiosidades sobre momentos relevantes da história brasileira e mundial,” informou, no sábado, o Diário do Comércio. Não conseguimos saber mais além das informações publicadas pelo Diário do Comércio.

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