Apesar dos pedidos, Prefeitura de Santa Luzia não ajuda em nada na Semana Santa

Apesar dos pedidos, Prefeitura de Santa Luzia não ajuda em nada na Semana Santa
Na Semana Santa do ano passado, a Prefeitura não se dignou sequer a recolher o lixo. Foto: Acervo Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia.

Luzias

Boa parte dos moradores da área central de Santa Luzia acredita que a cidade não tem prefeito, tamanho é o descaso da Prefeitura com tudo que diga respeito a essa parte do município. Parece um lugar abandonado.

O prédio do velório, no Cemitério do Carmo, está em petição de miséria. Houve uma denúncia. A Prefeitura foi lá, não resolveu nenhuma das mazelas, apenas pintou a construção de azul anil. Um deboche!

O mato já tomou conta das calçadas nas principais ruas e adjacências. Numa época em que a dengue está matando, é no mínimo insensível e irresponsável não fazer a limpeza das ruas, avenidas e não se dar o trabalho de notificar proprietários de lotes vagos, verdadeiros criadouros do mosquisto transmissor da doença, o Aedes Egypti.

O Posto de Saúde do bairro São Geraldo e o Hospital Madalena Calixto reclamam de, às vezes, não ter nem material de limpeza.

Agora, é o pároco de Santa Luzia, Padre Felipe Lemos, que denuncia a completa má vontade da Prefeitura, nesta administração do Pastor Sérgio, com as festas religiosas, que trazem tantos devotos à cidade.

Leia as críticas do pároco neste artigo do Estado de Minas:

A exemplo das cidades vizinhas, Santa Luzia, na Grande BH, programa procissões, cerimônias, ofícios e muita participação popular, tanto no Santuário Arquidiocesano Santa Luzia e na Igreja do Rosário quanto nas capelas das comunidades de fé, destaca o reitor do santuário, padre Felipe Lemos de Queirós.

Desde a Quarta-feira de Cinzas, fiéis comparecem ao retiro espiritual quaresmal, às confissões e missas penitenciais e à via-sacra. “Tudo é feito pelo santuário, a prefeitura não ajuda em nada, a não ser disponibilizando a Guarda Municipal, nem divulga em suas redes sociais ou coloca no calendário de festas da cidade”, queixa-se padre Felipe.

Para o líder religioso, já passou da hora de as cerimônias luzienses da Paixão de Cristo serem reconhecidas pelo município como patrimônio imaterial. “Mas não há interesse”, resume. Sobre a falta de colaboração, o reitor afirma que a cidade recebe muitos turistas nessa época, mas afirma que, se a prefeitura não apoiar nem der suporte, sobretudo nos âmbitos de estrutura física e divulgação, a tradição corre o sério risco de acabar.

Na Procissão do Depósito de Nosso Senhor, no segundo dia da Semana Santa do ano passado, fiéis relataram que nem o lixo foi recolhido nas ruas. “Um absurdo! A procissão passando e os sacos de lixo empilhados na calçada, o mato crescendo nos passeios”, critica um morador. “É muito triste ver essa situação, pois temos cerimônias de grande devoção e beleza. Não há qualquer colaboração do poder público municipal. Já falei com os gestores, mas não adiantou”, lamenta padre Felipe, também coordenador do Conselho Arquidiocesano de Reitores dos Santuários da Arquidiocese de BH.

Nas procissões do ano passado houve o mesmo descaso. Veja este vídeo do arquivo da Associação Cultural Comunitária de Santa Luzia:

A Prefeitura de Santa Luzia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e do Turismo, afirma que contribui no fomento dessas iniciativas e mantém os serviços essenciais, mas acrescenta que, quanto à colaboração, é necessário “um planejamento anual”. “Nesse sentido, a Mitra Arquidiocesana é membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, instâncias que subsidiam a política cultural e patrimonial do município”.

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