Coro Angélico realiza a primeira exposição de seu acervo

Coro Angélico realiza a primeira exposição de seu acervo
O Coro Angélico é o coral mais antigo de Santa Luzia. Foi fundado em 1952. Foto: Reprodução/Facebook

Exposição faz parte das comemorações do aniversário de 279 anos de criação da Paróquia Santa Luzia e da festa de Santa Luzia (2023) e pretende democratizar o acesso da população ao patrimônio cultural preservado pela Associação Coro Angélico.

Glaucon Durães da Silva Santos
Presidente da Associação Coro Angélico de Santa Luzia

O Coro Angélico, um dos grupos musicais mais antigos da cidade de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, abre pela primeira vez o seu acervo musical, fotográfico, audiovisual e de objetos, para visitação pública. A exposição é gratuita e ocorrerá na capela do Instituto São Jerônimo, localizada à rua Floriano Peixoto, nº 409, bairro Centro, Santa Luzia, entre os dias 01 e 13 de dezembro, das 13:00 horas às 18:00 horas. Grupos de pessoas e escolas podem agendar visitas por meio da página oficial do Coro Angélico no Instagram.

Criado em 1952, após a extinção dos corais das famílias Ramos e Dolabella, o Coro Angélico herdou desses, peças musicais sacras, eruditas, populares e folclóricas. Várias partituras são assinadas por autores ainda não catalogados em pesquisas científicas, como por exemplo os músicos Francisco de Paula Marinho, Eduardo José da Silva Castro, Francisco de Paula Cândido e Manoel da Fonseca, cujas obras foram compostas entre 1798 e 1950.

Já o Cor Jesu (Coração de Jesus), coral misto a quatro vozes, foi criado em 2006 por Piedade Vieira, uma das fundadoras do Coro Angélico. Ambos os corais se destacaram no cenário cultural local pelo seu trabalho de preservação da música colonial mineira e incorporação de músicas populares brasileiras e internacionais em seu repertório.

O advento da chegada da pandemia da Covid-19 em Santa Luzia paralisou as atividades do Coro Angélico e do Cor Jesu entre 2020 e 2021. Frente ao cenário de dificuldades enfrentadas pelos vários corais de Santa Luzia desde o início da década de 2010, agravados pela pandemia, o Coro Angélico e o Cor Jesu fundiram-se em 2022, viabilizando assim, a manutenção das suas atividades durante a festa de Santa Luzia, o Setenário das Dores, a Semana Santa e outras apresentações culturais.

A retomada das atividades em 2022, veio acompanhada da redescoberta das riquezas do arquivo musical do Coro Angélico e Cor Jesu, há anos guardado devido à falta de catalogação. Naquele ano a Associação Coro Angélico de Santa Luzia mobilizou-se e conseguiu, junto ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural a abertura de processo de registro imaterial. Desde então a associação tem promovido o resgate de algumas músicas, há décadas esquecidas na cidade, como por exemplo o primeiro Hino Municipal de Santa Luzia.

Neste ano de 2023, a Associação Coro Angélico tenta novas fontes de financiamento para a restauração do seu acervo de partituras, objetos e instrumentos musicais, visando a criação de um memorial do coral, futuramente. O Coro também tem se esforçado para recuperar livros de música e partituras sumidas, bem como pleiteia a efetivação do seu registro imaterial municipal, o reconhecimento enquanto patrimônio cultural de Minas Gerais e enquanto Ponto de Memória do Brasil.

Quem desejar contribuir para o processo de restauração do arquivo musical do Coro Angélico, pode fazer doação, de qualquer valor, para a Associação Coro Angélico de Santa Luzia por meio da seguinte chave PIX: 19.414.404/0001-50.

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