Reportagem premiada do jornalista Gustavo Werneck vira curta-metragem

Reportagem premiada do jornalista Gustavo Werneck vira curta-metragem
O cartaz do filme "Travessia", que será exibido na TV Minas nesta sexta-feira, às 23h45

Luzias

Um feito a mais a ser registrado na carreira de Gustavo Werneck: sua reportagem Travessia, que lhe rendeu o prêmio nacional da Petrobrás na área de cultura, em 2017 – entregue no Teatro Municipal do Rio de Janeiro -, foi transformada em filme, um curta metragem que póe na tela os personagens – “Diadorins dos nossos tempos”- tão bem delineados por Gustavo, na longa reportagem publicada no jornal Estado de Minas, em janeiro do ano passado. O trabalho foi feito para marcar os 60 anos do lançamento da obra prima de Guimarães Rosa “Grande Sertões: Veredas”. E será mostrado pela TV Minas nesta sexta-feira, 22 de junho.

Leia mais detalhes do curta metragem neste artigo do portal Uai:

O filme Travessia, derivado da premiada grande reportagem de mesmo nome publicada pelo Estado de Minas, será transmitido pela Rede Minas. O curta-metragem estreia, na programação da emissora, na sexta-feira, 22 de junho, às 23h45. O documentário de 15 minutos é montagem inédita do material que também serviu de base para a reportagem multimídia Travessia, vencedora do Prêmio Petrobras de Jornalismo categoria Cultura em 2017. Em julho, o filme terá sessão em Cordisburgo, como parte da Semana Rosiana.

Com roteiro de Gustavo Werneck, fotografia de Alexandre Guzanshe e direção de Fred Bottrel, o filme é inspirado no livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Para marcar os 60 anos de publicação da obra, a equipe do jornal percorreu os locais que servem de cenário à saga de Riobaldo, para discutir o tema da diversidade com ‘Diadorins contemporâneos’.

O roteiro mostra como personagens reais encaram batalhas diárias. São pessoas que quebram estereótipos de gênero e experimentam a diversidade em cidades retratadas na obra prima de Guimarães Rosa, no interior de Minas Gerais. Barra do Rio de Janeiro, Cordisburgo, Pirapora, Paracatu e Buritizeiro são cenários para as histórias de Luana, Carol, Genildo, Débora e Kiara, as personagens do filme.

“Buscamos conduzir o expectador por entrevistas criadas a partir de um ‘erro de composição’ de fotografia: quando os personagens ‘olham para fora do quadro’. As imagens metaforizam, desta forma, como essas pessoas, mesmo sem saber, estão adiante do tempo e espaço que habitam, muitas vezes, por isso, incompreendidas, aparentemente deslocadas”, detalha Fred Bottrel.

Os trechos da obra de Guimarães Rosa aparecem no documentário a partir da participação do ator Elvécio Guimarães, que faleceu em julho de 2016, aos 83 anos, cinco meses após a publicação da reportagem original. Grande nome da interpretação em Minas – dos teleteatros da TV Itacolomi aos palcos da cidade -, neste último trabalho, Elvécio emprestou a voz a frases do livro em referência à personagem de Diadorim. O filme conta ainda com trilha sonora original do músico Rodrigo Salvador.

“Essa exibição vai ampliar o alcance de um trabalho que nasceu como uma reportagem especial, sempre com um profundo respeito à obra de Guimarães Rosa e aos personagens reais”, acredita o diretor de redação do Estado de Minas, Carlos Marcelo Carvalho, autor da ideia original da reportagem. Da equipe do jornal, ainda integraram a equipe do filme Rafael Alves e Marcelo Oliveira, na produção executiva, e o motorista Fernando Ragazzi.

Veja o trailer do curta:

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1 Comment

  • Rudney
    21 de junho de 2018, 14:33

    Sir. Gustavo Werneck, um gigante das letras de Santa Luzia, que muito contribui para as memórias, transformando morte em vida, sopra a poeira do esquecimento e lança luz sobre o patrimônio de Minas Gerais!

    Parabéns, merece!

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