Eles querem abrandar a lei para trazer empreendimentos imobiliários para SL?

Eles querem abrandar a lei para trazer empreendimentos imobiliários para SL?
Quando todos os prédios construídos nas Chácaras Santa Inês e imediações forem habitados, os moradores da área terão problemas de toda sorte: escassez de postos de saúde, de escolas, transporte público totalmente ineficiente, falta de lazer. Sem contar um trânsito caótico

Luzias

O texto abaixo foi publicado na quarta-feira(7) pelo Observatório Luziense. E o Luzias decidiu reproduzi-lo aqui porque trata-se de uma denúncia das mais graves: forças políticas e empresariais da cidade estariam,de acordo com o OL, se articulando para mudar a lei, de maneira a tornar mais fácil a vinda para Santa Luzia de novos empreendimentos imobiliários. Na visão do Luzias, essa é a mais equivocada das políticas, porque a cidade já está tendo crescimento desordenado (um dos exemplos é a região das Chácaras Santa Inês),não possui infra-estrutura para absorver tantos empreendimentos, que ameaçam inviabilizar a vida do cidadão e da cidadã residentes em Santa Luzia. Mas as pressões para “abrir as porteiras” são fortes, como mostra o Observatório Luziense.

Leia:

Em reunião que não contou com a presença da imprensa – simplesmente porque preferiram que ela não estivesse -, representantes da Prefeitura, vereadores e diretores da Associação Empresarial começaram a tramar a mudança – mais uma – da lei que regula os Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV) de Santa Luzia.

Uma lei que demorou anos para ser aprovada e que, quando foi, contou com a participação direta do Ministério Público. Tudo no intuito de preservar Santa Luzia, por anos alvo de uma expansão imobiliária desenfreada, nociva e predadora, cujos reflexos já estão sendo sentidos, mas que serão maximizados nos próximos anos.

Pelo que foi possível apurar até o momento, a desculpa do encontro, feito à sorrelfa, dissimulado, é que uma nova lei do EIV, mais branda, mais amena, atrairá mais empregos para Santa Luzia. Uma flexibilização já foi feita no começo desse ano e não há notícia de que ela tenha gerado mais empregos. Pelo contrário. Gerou apenas mais lucros para os empresários locais, muitos deles pouco preocupados com o futuro e a sustentabilidade do município. Alguns deles, aliás, diretamente interessados nesse crescimento desordenado.

A Fiemg tem tentado, de todas as formas, por fim às leis que regulam o uso e ocupação do solo em Santa Luzia. Há uma ação tramitando no TJMG sobre isso. Como não conseguiu sucesso no Judiciário, pelo visto a tentativa, agora, é tentar outro caminho, via política.

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Conhecendo a classe política de Santa Luzia – e de antemão pedimos desculpas pela generalização, uma vez que ainda existem políticos aqui realmente preocupados com a cidade – como conhecemos, fica nítido que, uma vez protocolada na Câmara, a nova lei será aprovada.

Mas lembrem-se de três coisas: há outras maneiras de se derrubar uma lei. Há juízes em Berlim. E há um promotor em Santa Luzia de olho nisso tudo.

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