Uma relíquia que clama por preservação

Uma relíquia que clama por preservação
O solar está interditado há anos para restauração. O temor é que o socorro chegue tarde demais. Foto: Reprodução/Internet

Fernando de Castro
Luzias

Trata-se do Solar da Baronesa, localizado na parte histórica da cidade de Santa Luzia. De acordo com o Inventário de Proteção do Acervo de Minas Gerais , não foi encontrado documento referente à época exata da edificação do sobrado, embora se estima que tenha sido construído entre o final do século XVIII e o início do século XIX.

Presume-se que a iniciativa de sua construção tenha sido de Manoel Ribeiro Viana, primeiro Barão de Santa Luzia, que, em 1825, já residia no local. O casarão ficou conhecido como Solar da Baronesa por ter servido, por muitos anos, como residência para a viúva de Manoel Ribeiro Viana, Maria Alexandrina Ribeiro Viana. O Solar da Baronesa está implantado no alinhamento do lote, destacando-se em meio à volumetria de casas baixas.

Ainda de acordo com o Inventário de Proteção Cultural , o sobrado, de planta retangular, possui estrutura autônoma de madeira, paredes em pau a pique e cobertura em quatro águas, guarnecida por beiral em cimalha de madeira. A fachada principal não apresenta sobreposição exata dos vão. No pavimento superior, há onze portas de sacada com colocação em caixilho de madeira e vidro, inclusive nas bandeiras fixas.

As sacadas possuem guarda-corpo em ferro trabalhado. No primeiro pavimento, há novas janelas com colocação em caixilho de madeira e vidro, extremadas pela porta de acesso. Todos os vãos têm vergas retas, sendo que os superiores apresentam sobrevergas. O enquadramento geral mostra cunhais e cimalha de madeira. A cobertura em quatro águas é feita com telha curva.

No interior, o sobrado conserva forros em esteira e um altar consagrado a Mater Dolorosa , que abriga uma belíssima imagem em madeira de Nossa Senhora das Dores.

Atualmente, o prédio do Solar da Baronesa necessita, com urgência, de reformas especializadas para garantir a preservação de nossa memória histórica.

Com a palavra, a classe política em geral, bem como a Secretaria de Estado da Cultura e o Ministério da Cultura.

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